Crônica: Corinthians empata em 1×1 com Internacional – 23/10/2011

O Corinthians foi ao Rio Grande do Sul enfrentar o Internacional no Beira-Rio com chances de se distanciar de adversários diretos visto que no sábado Botafogo e Fluminense já haviam perdido as suas partidas. Infelizmente o time paulista encontrou dificuldades além das imaginadas neste confronto.

Primeiro Tempo:

O jogo começou com o alvinegro tomando conta das ações, tocando bolas na intermediária do time gaúcho e vez ou outra fazendo o Muriel trabalhar, ao Internacional cabiam os contra-ataques perigosos de Oscar e Jô, além de chutes de primeira de Andrézinho. Lances estes que felizmente não incomodaram o Júlio César. O Corinthians tentava lances de efeito com passes complicados e perdia a bola mas Ralf estava atento, anulando praticamente o D’Alessandro em todo o primeiro tempo. A partir dos 30 minutos os gaúchos adiantaram a marcação e em sequência começaram a exigir muito da nossa defesa, que se livrava como podia dos lances.

O Júlio foi exigido uma vez (de verdade) no primeiro tempo e fez uma excelente defesa com os pés no chute cruzado do atacante Jô, ex-Corinthians. E após um ataque do Corinthians, um escanteio onde o Andrézinho, pegando a segunda bola ia saindo no contra-ataque o nosso lateral Alessandro matou a jogada com força desproporcional. O Juiz, Evandro Rogério Roman, árbitro gaúcho que atua pela Federação de árbitros do Paraná (o mesmo que expulsou o Emerson Sheik no jogo contra o Bahia quando este seria substituído) mandou o lateral direito do Corinthians mais cedo pro chuveiro. O até então capitão, revoltado com a marcação, tirou a faixa do braço e lançou-a no gramado (fato que gerou protesto e indignação por parte dos torcedores nas redes sociais). Paulo André assumiu o posto de capitão, fato este que, na minha opinião, não deveria mudar p/ os próximos jogos, pelo menos por enquanto.

Tite ameaçou fazer uma substituição no final do primeiro tempo ainda, colocar Welder no lugar do William p/ recompor a zaga mas esperou até o intervalo para alterar. A postura do Corinthians não mudou muito, permaneceu bem calmo até. Lieshow não teve grandes oportunidades, apenas um chute cruzado do William que não deu certo e a bola sobrou pro levezinho que furou.

Segundo Tempo:

Começou o segundo tempo com Welder no lugar de William e o Corinthians jogando com duas linhas de 4 e apenas um atacante. Era uma estratégia defensiva visto que, com um jogador a menos, jogando na casa do adversário, era isso ou abrir de vez a defesa e correr o risco de levar um chocolate. Danilo ainda teve uma boa chance de gol em um lance de linha de fundo, cabeceou sozinho pro chão no contrapé do Muriel que conseguiu fazer uma boa defesa. Depois disso foi apenas ataque contra defesa. O Inter pressionava desorganizado e o timão só afastava a bola. O lateral direito Nei, que já tinha recebido um amarelo entrou na área e dominou a bola visivelmente com a mão (tanto que o árbitro marcou) e chutou pro gol não foi expulso na tentativa clara de ludibriar o juiz. No lance seguinte ele faz o gol. Em uma bola cruzada por Kléber, Fábio Santos e Danilo marcaram ponto em quem deveria marcar quem e Nei entrou e fez de peixinho, um gol sem chances para o goleiro do Júlio.

Jorge Henrique entrou no lugar do Liedson e o time não mudou muito porque os meias, Danilo e Alex estavam apagados no jogo, assim como o volante Paulinho, que não joga mais um bom futebol à algumas partidas. Aos 35 Edenílson entrou para a saída de Danilo. Aos 44 minutos uma falta frontal. D’Alessandro que já tinha amarelo recebeu um vermelho depois uma falta dura em Alex (como se isso fosse apagar a atuação do arbitro gaúcho e o fato de não ter expulsado Nei em no mínimo duas chances claras de o fazer). Alex cobrou direto, no canto esquerdo de Muriel, coladinho a trave e fez um lindo gol empatando o jogo.

Depois disso foi pressionar um pouco e tentar uma oportunidade para virar mas sem atacantes (apenas o Jorge no time) o Corinthians tratou de segurar o resultado que soou como uma vitória num jogo na casa do adversário e com um jogador a menos.

Melhor em campo: Paulo André, foi bem, consistente e assumiu a braçadeira na saída do Alessandro.
Pior em campo:
Alessandro, foi expulso ainda no primeiro e jogou a faixa de capitão no chão.

Tabela atualizada do Brasileirão/2011 ao final da 30ª rodada

CLASSIFICAÇÃO P J V E D GP GC SG %
1
Corinthians
54
30
16
6
8
43
30
13
60
2
Vasco
54
30
15
9
6
47
35
12
60
3
Botafogo
52
29
15
7
7
46
32
14
59.8
4
Flamengo
51
30
13
12
5
49
38
11
56.7
5
Fluminense
50
30
16
2
12
44
38
6
55.6
6
São Paulo
48
30
13
9
8
45
38
7
53.3
7
Internacional
47
30
12
11
7
50
37
13
52.2
8
Figueirense
44
30
11
11
8
38
36
2
48.9
9
Grêmio
42
30
12
6
12
34
38
-4
46.7
10
Atlético-GO
42
30
11
9
10
39
34
5
46.7
11
Coritiba
41
30
11
8
11
47
37
10
45.6
12
Palmeiras
41
30
9
14
7
35
30
5
45.6
13
Santos
38
29
11
5
13
40
44
-4
43.7
14
Bahia
36
30
8
12
10
34
37
-3
40
15
Ceará
32
30
8
8
14
36
51
-15
35.6
16
Cruzeiro
31
30
8
7
15
34
39
-5
34.4
17
Atlético-MG
30
30
8
6
16
35
48
-13
33.3
18
Atlético-PR
28
30
6
10
14
29
45
-16
31.1
19
Avaí
26
30
6
8
16
39
63
-24
28.9
20
América-MG
24
30
4
12
14
38
52
-14
26.7

Fonte: Globo Esporte.com

Crônica – Corinthians vence Cruzeiro por 1×0 – 16/10/2011

Fiquei devendo a Crônica do jogo de quarta-feira, Corinthians x Botafogo no Pacaembu mas farei um resumo muito simples: O Corinthians não entrou no primeiro tempo e tomou dois gols de falhas de marcação (Alessandro no primeiro e Paulinho no segundo). No segundo tempo substituiu errado, movimentou errado e tentou ganhar de uma forma que não sabe ganhar, abusando dos chuveirinhos na área. Deu no que deu, perdemos por 2×0 em casa para o Botafogo, contamos com a sorte, Vasco empatou com o Atlético/PR por 2×2 na Arena da Baixada e nos mantiveram líderes.

Agora vamos ao jogo de Corinthians e Cruzeiro na Arena do Jacaré em Sete Lagoas/MG. Em horário de verão o jogo deveria começar às 17 horas e não às 16 horas, o calor é insuportável em algumas regiões o que prejudica o bom futebol. O jogo começou pegado, muitas faltas, muitas que só o juiz viu, muitas que ocorreram e muitas que mereciam um amarelo. Por não ter amarelado os jogadores este juiz perdeu, ainda aos 15 minutos do primeiro tempo o controle da partida.

Alessandro recebeu um amarelo em um lance inexistente, o juiz entrou no “oba-oba” do técnico Mancini e do jogador Marquinhos Paraná que fingiu muito bem uma falta sem ao menos ser tocado. Agora o Montillo simulou um pênalti e em outra jogada, com o lance já parado, ele chutou por cobertura do Júlio César e marcou o gol e nenhum amarelo recebeu em nenhum dos lances.

No primeiro tempo o Cruzeiro chegou com duas chances claras, na primeira o Júlio defendeu o chute cruzado e na segunda o Keirrison demorou uma eternidade para chutar e deu a chance do Leandro Castán, o melhor em campo, cortar para a linha de fundo. Esta dupla de zaga nossa gosta de nos dar emoções, mas hoje foi bastante firme e não sofreu nenhum gol. Fica claro, no entanto, a diferença do time com o Ralf e sem o Ralf. Hoje, com a presença do volante o time esteve mais seguro e as melhores jogadas do Cruzeiro foram anuladas logo no meio campo.

Paulinho marcou o gol no segundo tempo mas esteve sumido todo o jogo. Apareceu em um lance e decidiu, no entanto, isso não anula o fato de estar escondido, não participar de nenhuma jogada importante, não fazer desarmes e não jogar o que sabemos que ele pode jogar. Amargar uma rodada no banco de reservas pode fazer o jogador re-pensar melhor o seu momento visto que Edenilson entrou muito bem hoje no jogo.

Alex jogou bem, Danilo jogou bem, ambos se movimentaram mas não fizeram tanto a diferença na parte ofensiva. William se movimentou bastante, tentou, atrasou algumas jogadas de velocidade e perdeu duas excelentes oportunidades de fazer o gol, uma no primeiro tempo e outra no segundo. Foi inteligentemente substituído pelo Edenilson que no seu primeiro lance em campo deu um excelente passe para Alex em profundidade, que entrou na área, driblou dois e a bola sobrou para o Paulinho que fez o gol.

Ramón saiu para a entrada de Wallace logo após o gol e este passou a jogar pelo lado esquerdo. Pouco tempo depois o juizão, tentando proporcionar o empate ao Cruzeiro deu um pênalti super equivocado para o time da casa, em um lance que não foi absolutamente nada. Edenilson recebeu um amarelo de graça e Montillo se preparou para a cobrança. E tem um ditado do futebol que diz: “Pênalti não cometido é gol não convertido” e assim a bola saiu por cima da meta do arqueiro corinthiano.

Depois disso o Liedson saiu, substituído pelo peruano Ramirez. Liedson jogou bem, se movimentou livremente, marcou a saída da bola dos cruzeirenses e deu trabalho para a zaga. Teve um lance claro de gol no primeiro tempo e na sequência do lance o volante Paulinho sofreu um pênalti que o juizão não marcou. Mas o time parecia que estava sem confiança no levezinho, que não recebeu nenhuma bola em profundidade e nenhuma oportunidade de tabelar com quem vinha de trás.

E no fim foi só isso. Sufoco do Cruzeiro para cima do Corinthians que se defendia efetivamente, segurando mais a posse da bola e gastando o tempo. O Júlio ainda foi requisitado no finzinho com uma cabeçada perigosa mas muito bem colocado ele espalmou. No lance seguinte ele levou um encontrão proposital do atacante do Cruzeiro, o Wellinton Paulista que poderia ter sido expulso pela atitude violenta e desnecessária. Depois disso mais 2 minutos de um jogo que estava ganho por parte do Corinthians.

Vitória merecida, não pelo esquema tático mas por saber poupar o time, que não se desgastou com o calor, por saber fazer um gol no contra-ataque e segurar os ímpetos do adversário na tentativa do empate. Perigoso? Sim, demais, porque o Montillo podia ter convertido aquele pênalti e aí seria uma correria sem fim para tentar o segundo gol. Vitória que dá moral para o time no jogo contra o Internacional no Beira-Rio na próxima rodada.

Melhor em campo: Leandro Castán, firme na cobertura e nos desarmes.
Pior em campo: Ramón que não consegue se firmar no time do Corinthians, fraco na marcação e acumulou muitos erros de passe no ataque.

Nota: O Tite pelo menos foi muito homem de dizer pro árbitro o que todos os Corinthianos queriam falar. Foi expulso mas pelo menos não ficou omisso no banco olhando o juiz tentar garfar a nossa vitória. E na entrevista coletiva ele mandou um recado para o Milton Neves, um repórter “esportivo” que entrou pro folclore da mídia nacional, referente ao tal “APITO AMIGO”.

Nota 2: Queria que muitos times tivessem um Montillo no elenco. O Jogador, vendo a atual fase do time entrou em campo mesmo após o seu filho de um ano sete meses, chamado Santino, ter sido internado e passado por uma cirurgia no intestino com urgência na última semana. Parabéns pela postura do profissional e eu, mesmo sendo Corinthiano sinto vergonha pela torcida do Cruzeiro que vaiou este jogador na saída dos gramados, torcida ingrata.

E #VaiCorinthians.

Próximos Confrontos do Corinthians no Brasileirão 2011

29ª rodada:
Corinthians x Botafogo:
12/10/2011 (Quarta-Feira) – Pacaembu.

30ª rodada:
Cruzeiro x Corinthians:
16/10/2011 (Domingo) – Arena do Jacaré.

31ª rodada:
Internacional x Corinthians:
23/10/2011 (Domingo) – Beira Rio.

32ª rodada:
Corinthians x Avaí:
30/10/2011 (Domingo) – Pacaembu.

33ª rodada:
América/MG x Corinthians:
06/11/2011 (Domingo) – Arena do Jacaré.

34ª rodada:
Corinthians x Atlético/PR:
13/11/2011 (Domingo) – Pacaembu.

35ª rodada:
Ceará x Corinthians:
16/11/2011 (Quarta-Feira) – Presidente Vargas.

36ª rodada:
Corinthians x Atlético/MG:
20/11/2011 (Domingo) – Pacaembu.

37ª rodada:
Figueirense x Corinthians:
27/11/2011 (Domingo) – Orlando Escarpelli.

38ª rodada:
Corinthians x Palmeiras:
04/12/2011 (Domingo) – Pacaembu.

Em jogo temos 30 pontos pelos 10 confrontos sendo 5 deles como mandante e apenas o jogo da vigésima nona rodada é um confronto direto, todos os outros jogos são contra times do meio ou da ponta de baixo da tabela, times difíceis e complicados. O Corinthians precisará manter o foco para levantar a Penta Brasileiro.

#VaiCorinthians…

Crônica: Corinthians vence Atlético/GO por 3×0 no Pacaembu 09/10/2011

Corinthians e Atlético/GO foi um jogo movimentado no primeiro tempo e morno no segundo. O Atlético entrou para se defender e o Corinthians para garantir o resultado que veio com um excelente 3×0 em cima da equipe Goiânia, embalada por seis jogos sem perder e com um excelente resultado de 2×0 em cima do Botafogo.

Os três primeiros minutos de jogo foram estranhos. O Atlético/GO jogando fora de casa parecia ficar mais tempo com a bola nos pés, mas depois disso só deu Corinthians, visto que tanto no primeiro como no segundo tempo o Júlio César só tocou duas vezes na bola em dois chutes fracos do ataque rubro-negro. O Danilo fez outro partidaço, um dos melhores que eu já o vi fazendo pelo Corinthians. Ocupou os seus espaços no campo, deu passes inteligentes, mostrou visão de jogo e um faro de matador igual ao mostrado contra o Vasco no último jogo. Um lance antes de Castán marcar de cabeça o primeiro gol o meia já havia acertado a bola no travessão em uma bela cabeçada.

Alex iniciou bem também, jogando na sua posição mesmo, como um meia mais avançado ele se movimentou bastante, recebeu, passou, triangulou, fez a diagonal e apareceu bem quando lançado por Danilo para fazer o terceiro gol. O segundo foi marcado por William em uma jogada meio desajeitada de Jorge Henrique, a bola sobrou pro ex-jogador do Figueirense que deu um lindo chute de esquerda tirando completamente a chance do goleiro.

O primeiro tempo ainda teve um lance curioso. Castán que tinha acabado de marcar um gol deu um chutão para frente, o zagueiro do time de Goiânia deixou para o goleiro que esperou o quique da bola e foi enganado. Gramado molhado, bola rápida e muito alta. A bola encobriu o goleiro e quase entrou, obrigando Márcio a se recuperar e mandar a bola para escanteio, evitando o que seria uma grande falha.

Alessandro apareceu “incríveis” duas vezes na área para cabecear como um atacante. No Cruzamento pela esquerda ele pulou fora do tempo e cabeceou quando já estava descendo e no segundo William cruzou certinho, ele cabeceou como centroavante, a bola bateu no zagueiro e foi para escanteio.

No segundo tempo as chances foram pouco expressivas, o Corinthians entrou para se defender e o Atlético/GO com duas mudanças veio para tentar, no mínimo, diminuir a vantagem do Todo Poderoso. Jorge Henrique cabeceou em uma jogada de linha de fundo do Alessandro; Moradei arriscou bem de longe para uma excelente defesa do goleiro Márcio. A propósito, gostei do Moradei em campo, bem objetivo, jogou com lealdade, ocupou bem os espaços do campo e ofuscou totalmente qualquer participação de seu companheiro Paulinho que estava apagadíssimo em campo.

A estréia do Adriano apagou totalmente o retorno do Ramirez, fato que foi esquecido pela mídia rosa, que não anunciou o seu retorno de contusão. Esse jogador entrou pouco antes do Adriano e deu o passe p/ o estreante no lance mais perigoso do segundo tempo. Em uma bobeada da zaga do Atlético/GO (mais uma na verdade) Ramirez seguiu em velocidade em direção do gol, acompanhado de perto por Adriano. Com total chance de marcar o tento o peruano resolveu deixar a chance para Adriano marcar na estréia, este não chegou à bola devido a sua condição física atual.

O jogo acabou com uma vitória excelente para o Corinthians. Com a derrota do Vasco por 3×0 para o Internacional no Beira-Rio o Timão chegou novamente a liderança com 51 pontos e passa a depender apenas de si para ser campeão. E para isso precisa vencer o Botafogo que, assim como o alvinegro de parque São Jorge, depende apenas de si para ser campeão, visto que ainda tem um jogo a cumprir contra o Santos.

Melhores em Campo: Danilo (excelente partida) e Moradei (consistente e objetivo)
Pior em Campo: Paulinho (não jogou mal, apenas não apareceu).

Crônica: Corinthians empata com Vasco por 2×2 em São Januário – 03/10/2011

 

O time do Corinthians foi à São Januário no Rio de Janeiro enfrentar o time do Vasco, embalado pela liderança e na tentativa de abrir cinco pontos para o seu concorrente direto. Duas vezes atrás no placar Danilo resolveu a partida para o Corinthians.

O primeiro tempo começou bastante estudado. É aquilo que os comentaristas gostam de chamar de: “Os dois times se respeitam muito”, mas na verdade o Vasco não foi com cede ao pote temendo um contra-ataque, já que essa era a única arma do Corinthians, visto que Liedson contundido e Emerson suspenso não jogaram, estando apenas os velozes William e Jorge Henrique responsáveis pelos gols do alvinegro de parque São Jorge. O Corinthians ficou esperando o Vasco, que ia devagarzinho até a intermediária de ataque mas não oferecia perigo ao gol de Júlio César.

Ralf não começou a partida muito bem, errou alguns passes mas depois engrenou o ritmo que estamos acostumados. Alex perdeu bolas excelentes na frente de Dedé do Vasco, que em ótima fase consegue dar confiança ao time cruzmaltino. Juninho Pernambucano estava com o pé descalibrado e não criou tantas chances como era esperado e foi substituído no meio do segundo tempo sentindo dores na perna. (Obs. Importante: Juninho caiu quando o Vasco estava vencendo, demorou bastante p/ levantar, levantou e saiu caminhando mais lento ainda e não foi punido com nenhum cartão pelo atraso no reinício da partida, agora, se fosse um jogador do Corinthians era bem provável que ele tivesse sido expulso, como já aconteceu duas vezes neste campeonato)

O Vasco teve 5 chances no primeiro tempo e converteu duas. Uma com Dedé de cabeça após cobrança de escanteio (A bola bateu no travessão e entrou, e ainda tive de ouvir comentarista dizendo que foi falha do Júlio César. Meu amigo, nem se ele tivesse asas ele pegava aquela bola) e outra com Fagner após contra-ataque do time da colina, depois de um toque açucarado de Eder Luis ele só cobriu Júlio César quando este saiu para abafar o lance. Falha do Alex que cobrou a falta errado, falha do Ralf, que era o homem que estava na cobertura dos zagueiros que foram tentar o cabeceio e falha do Fábio Santos e Alessandro que demoraram a correr, reclamando de mão junto com o Ralf. Alguns dizem que o volante deveria ter matado a jogada. Veja só, ele recebeu do arbitro um amarelo por um choque simples no Diego Sousa, pouco antes do lance, se ele matasse a jogada com certeza seria expulso direto, seguindo o critério do juiz contra o Corinthians, que não era o mesmo adotado a favor do Timão.

O Corinthians teve no primeiro tempo 3 chances e converteu uma. Na primeira Danilo recebeu um excelente passe de Ralf, avançou pela direita e viu Alex vindo pelo meio, ergueu a cabeça e deu um belo passe para o meia marcar um bonito gol. É bom salientar que Alex deu um pique maior ainda do que o do Danilo. A imagem aberta mostra que ele veio de bem de trás, baixou a cabeça e correu muito mesmo para ultrapassar todo mundo, mérito do Danilo pelo passe e do Alex por estar bem colocado, aja gás. A segunda foi com Castán de cabeça mas ele estava impedido (Ele não chegou a tocar na bola, mas estava disputando com o zagueiro e a bola bateu na trave, então considero como se fosse dele). E o terceiro foi do Paulinho, que após cobrança de escanteio de Alex, William desviou no primeiro pau e sobrou no segundo para o volante cabecear para o gol, errando a pontaria por pouco, a bola tirou tinta da trave. 2×1 para o Vasco no primeiro tempo.

O segundo tempo foi muito mais corrido. O Corinthians voltou com outra postura, mais para cima do time do Vasco, que chegava pouco ao campo de ataque. O time do técnico Tite voltou sem mudanças e adiantou a marcação dos seus zagueiros, que passaram a atuar mais longe do gol. O meio campo melhorou e Danilo, que estava vindo bem, esforçado na marcação, pegando sempre a segunda bola alçada pelo Júlio, marcando a saída de bola entrou de vez pro jogo. Em jogada pela direita com William, e um cruzamento perfeito ele de cabeça, por detrás da zaga, marcou. Minutos depois num lance parecido, William foi à linha de fundo e cruzou novamente para Danilo que, bem colocado errou o gol por centímetros. Na terceira oportunidade seguida, desta vez num cruzamento vindo da esquerda Danilo se antecipou novamente à zaga e cabeceou para uma defesa plástica de Fernando Prass.

William ainda teve duas chances para se consagrar no jogo. Uma em profundidade depois de bobeada da zaga ele apareceu cara a cara com o arqueiro vascaíno e chutou por cima. Na segunda, depois de excelente domínio de bola ele driblou o lateral Márcio Careca e apareceu de novo cara a cara com Fernando Pass e chutou na rede pelo lado de fora (um toque simples por cima do goleiro, que já estava vendido no lance, resolveria tudo). E o jogo terminou assim. Diego Sousa ainda acertou um chute forte defendido por Júlio, Alecsandro marcou um terceiro gol mas estava impedido e foi só, o jogo terminou 2×2 com um empate que foi melhor para o Vasco do que para o Corinthians, que jogou um segundo tempo digno do Todo poderoso Timão.

Vale lembrar ainda sobre dois lances polêmicos. Alex sofreu pênalti de Dedé e Fagner fez pênalti no lance com Jorge Henrique. Dedé porque empurrou Alex que protegia a bola dentro da área para fazer a jogada. Se fosse fora ele teria marcado a mesma falta, e se a falta fora da área existe, dentro da área é a mesma coisa, logo, pênalti claro. No lance do Fagner ele olha para o adversário, ergueu o braço e mudou a trajetória da bola, que ia em direção ao meio da área, ou seja, pênalti. Fora dois impedimentos absurdos marcados contra o Corinthians no segundo tempo (engraçado foi que a Sportv reprisou apenas os impedimentos contra o Vasco, os contra o Corinthians ela não reprisou os do segundo tempo).

Não gosto de reclamar de arbitragem e não pretendo tão cedo dedicar um post a isso, acho, no entanto, que não podem existir dois pesos e duas medidas. É preciso ter coerência na marcação e seguir isso até o final. O Arbitro até foi coerente do começo ao fim, marcava tudo pro Vasco e nada pro Corinthians, mas assim não está certo. Quem sabe um dia teremos no futebol o mesmo que temos no Hugby, arbitragem com microfone aberto para todos escutarem o que é dito dentro de campo pelo juiz.

 

Melhor em campo: Danilo – Foi briguento, raçudo e apareceu, não se escondeu.

Pior em campo: Não teve um pior em campo para mim, não gostei da atuação do Alessandro visto que ele não apoiou, não marcou como estamos acostumados e o lance do primeiro gol foi em cima do jogador que ele deveria estar marcando.

Entenda o caso Chicão

Chicão em Coletiva de Impensa

Chicão em Coletiva de Impensa

Chicão foi contratado para jogar no Corinthians na campanha de acesso a série A, em 2008, após a queda do Corinthians para a série B no brasileiro de 2007. Junto com William ele formou a melhor dupla de zaga dos últimos tempos no Corinthians. Dupla esta que foi encerrada ano passado quando William, o Capita (como é conhecido) aposentou-se.

Veio Leandro Castán que chegou do Grêmio Barueri para ser a segunda opção no banco de reservas do Corinthians, que já contava com o experiente Paulo André, cotado para assumir a vaga deixada pelo Capita. Paulo, no entanto, contundiu-se e abriu espaço para Castán que agarrou a oportunidade e aí ficou (desde o início do Paulistão, mesmo cercado de desconfiança pela torcida, com personalidade ele conquistou o seu espaço). Nessa dança das cadeiras apenas Chicão vigorava absoluto. Após as saídas de William, Ronaldo e Roberto Carlos ele assumiu a braçadeira de capitão, sendo o novo zagueiro xerife do Corinthians.

Quase levantou a taça do Paulistão, quando o Corinthians perdeu para o Santos na final na Vila Belmiro por 2×1. No Brasileirão ele e Castán formaram a dupla de zaga menos vazada do campeonato, até que chegou a má fase. Todos sabem que jogadores alternam entre boas e más fases, e chegou a vez de Chicão. Perdendo bolas fáceis, batendo cabeça com o seu companheiro, o time começou a cair de produção. A torcida cobrava mais liderança do seu xerife, cobrava mais empenho e hora sim, hora não, o Corinthians conseguia responder em campo, dando ao torcedor a saudade daquele William Capita, o vibrante líder, que cobrava o seu time em campo e ajustava a equipe para os vários momentos do jogo.

Até que o Técnico Tite, pressionado pela diretoria, torcida e mídia, pelos muitos gol’s sofridos pelo Corinthians nos últimos jogos (especialmente os 3×1 de virada no jogo contra o Santos no PACAEMBU) resolveu bancar a troca da zaga. Sacou Chicão e Castán e promoveu Paulo André e Wallace. Neste momento de transição, quando o time mais precisou o Chicão não esteve presente. A revolta do zagueiro, acredito eu, criou na mente de Tite aquilo que tornou-se muito comum no futebol, “jogadores que derrubam técnicos”. Este caso ocorreu recentemente no Santos, que perdeu Dorvial Júnior por culpa da dupla Neymar e Ganso, bancada pela diretoria.

Chicão arriscou, saiu do time e recusou-se a ficar no banco no clássico. Não entro nos méritos pessoais que o levaram a fazer isso, entro sim nos méritos profissionais. O time estava em queda livre na tabela. Precisava vencer, não tomar gols. Tite não podia perder ou sem dúvidas seria demitido (Mesmo Andrés dizendo que não). O nosso “ex-xerife” não bancou a mudança do técnico e pediu isolamento, e assim o recebeu. O Corinthians jogou contra o São Paulo e empatou, 0x0, sem Chicão no banco de reservas. No jogo seguinte 1×0 contra o Bahia, novamente sem Chicão no banco. E agora, para o jogo contra o Vasco, novamente o zagueiro foi preterido e nem viajou para o Rio de Janeiro.

Tite viu seu cargo ameaçado, pois o líder dos jogadores não apoiou a sua modificação, e resolveu afastar o jogador do grupo atual até que seja necessário o seu retorno, treinando assim separado ou com os reservas. Se o retorno do jogador não acontecer neste nacional Chicão será negociado no final deste ano. O seu empresário já está procurando possíveis clubes para o seu jogador. Se Tite ganhar este campeonato com Chicão no banco ou fora dele, o zagueiro com certeza sairá, porque com o título o técnico fica.

Agora eu pergunto, é bom para o Corinthians perder o Chicão?

Rodada 26 do Brasileirão. Vasco líder e Corinthians em segundo.

O Corinthians não fez um jogo brilhante contra o Bahia mas fez a sua parte para a sequência do Brasileirão, o chamado “dever de casa” e contou com uma ajudinha especial de dois adversários diretos na disputa pelo campeonato.

Botafogo, que vencia o São Paulo por 2×0 em pleno Engenhão cedeu o empate no segundo tempo para o time do Panetone do Jardim Leonor, que marcou com Henrique e Rivaldo. O Vasco fez a sua parte e venceu fora de casa o Cruzeiro por 3×0, aumentando ainda mais a crise do clube celeste, que começou a rondar de vez a zona de rebaixamento.

O Santos, no sábado, perdeu em casa para o Figueirense por 3×2 na Vila Belmiro, o Flamengo venceu finalmente uma partida, depois de 10 jogos, com um gol irregular de Thiago Neves no finalzinho da partida no Engenhão contra o América-MG. Fluminense e Atlético-PR empataram na Arena da Baixada por 1×1. Jogo polêmico e recheado de confusão, principalmente nas arquibancadas.

O Internacional cedeu o empate para o Atlético-MG mas conseguiu se redimir com um gol no final e venceu por 2×1 lá no Beira-Rio. O Grêmio venceu e convenceu diante do Avaí por 2×1 lá na Ressacada.

E as 18 horas deste domingo o Palmeiras foi ao Serra Dourada enfrentar o Atlético-GO para manter o título de time piada do século 21. Depois de estarem ganhando por 1×0, com dois jogadores a mais, cederam o empate para o Dragão. Já no Presidente Vargas o Ceará bateu o Coritiba por 3×2 em um jogão.

Com isso o Cruzeiro está na ponta da degola e coladinho com ele está o Bahia. A diferença do primeiro para o quarto colocado é de apenas 4 pontos. Agora do primeiro para o quinto são oito pontos, mostrando que Vasco, Corinthians, São Paulo e Botafogo (que ainda tem um jogo a menos contra o Santos) estão começando a disparar na tabela.

E essa foi a vigésima sexta rodada do Brasileirão 2011. A Classificação está abaixo:

CLASSIFICAÇÃO P J V E D GP GC SG %
1
Vasco
49
26
14
7
5
41
28
13
62.8
2
Corinthians
47
26
14
5
7
37
26
11
60.3
3
São Paulo
46
26
13
7
6
41
30
11
59
4
Botafogo
45
25
13
6
6
40
28
12
60
5
Fluminense
41
26
13
2
11
34
31
3
52.6
6
Flamengo
41
26
10
11
5
42
34
8
52.6
7
Internacional
40
26
10
10
6
43
33
10
51.3
8
Palmeiras
39
26
9
12
5
32
25
7
50
9
Coritiba
36
26
10
6
10
44
34
10
46.2
10
Figueirense
36
26
9
9
8
32
33
-1
46.2
11
Santos
35
24
10
5
9
36
37
-1
48.6
12
Atlético-GO
35
26
9
8
9
32
29
3
44.9
13
Grêmio
33
25
9
6
10
29
33
-4
44
14
Ceará
30
26
8
6
12
33
44
-11
38.5
15
Bahia
30
26
7
9
10
29
33
-4
38.5
16
Cruzeiro
29
26
8
5
13
31
33
-2
37.2
17
Atlético-MG
25
26
7
4
15
32
44
-12
32.1
18
Atlético-PR
24
26
5
9
12
25
38
-13
30.8
19
Avaí
22
26
5
7
14
30
54
-24
28.2
20
América-MG
19
26
3
10
13
32
48
-16
24.4

Crônica: Corinthians vence o Bahia por 1×0 no Pacaembu – 25/09/2011

O Corinthians entrou em campo com a mesma proposta do último jogo, a de não tomar gols. Saiu efetivo neste quesito e ainda marcou um gol com Emerson no segundo tempo e levou a vitória para casa.

O técnico Tite fez o que eu vinha pedindo aqui há muito tempo, substituir a nossa zaga que estava passando por uma má fase, e ele fez, colocou Paulo André e Wallace no lugar de Chicão e Castán e até o momento tem dado certo. São dois jogos sem tomar gols, seja pela qualidade da dupla ou demérito dos atacantes adversários. Corinthians e Bahia entraram em campo para o primeiro tempo onde o alvinegro tinha a posse de bola mas não acertava o caminho do gol e o tricolor baiano se defendia tranquilamente. O Corinthians não tinha meio de campo. Alex estava atuando mais como lateral esquerdo do que como ponta, fato que ficou evidenciado quando vimos em vários momentos o Fábio Santos no circulo central recebendo a bola e distribuindo. O Danilo estava melhor (ou “menos pior”, como preferir, porque o time não estava bem do meio para frente), dominava, tocava e caía e o juiz nada marcava. O Timão emendou um grande cai-cai no primeiro tempo fazendo eu me lembrar dos tempos do Dentinho (gostava do garoto mas nos ultimo ano no clube estava dando uma de Neymar) no time, precisamos resolver essa situação e começarmos a jogar mais futebol.

A primeira metade da partida foi chata, sem grandes lances ou grandes jogadas. O Corinthians cercava pela intermediária e o Bahia tentava contra-ataques. Chegou uma vez com perigo (em todo o jogo) e parou em uma defesa do Júlio César (que contou com a sorte porque a bola bateu no travessão, no chão e subiu para o zagueiro Titi cabecear). O Corinthians chutava fraquinho de fora da área, sem incomodar o goleiro Marcelo Lomba.

No segundo tempo o time voltou sem substituições e manteve a mesma postura. Esbarrando no meio congestionado do time do Bahia. As melhores oportunidades do primeiro tempo e do segundo surgiram pelo lado esquerdo, assim como o lance do gol. Só o Tite que achava melhor insistir do lado direito, o Fábio estava apoiando tanto quanto o Alessandro mas com mais qualidade. Um minuto antes de ser substituído, o apagado Alex cobrou o escanteio, a bola voltou, ele cruzou na área e ela sobrou para Emerson bater de bate-pronto e estufar as redes do Bahia. Um a zero com um gol do atacante que mais erra “gols feitos” no Corinthians.

Jorge Henrique entrou e o Corinthians aumentou a correria mas continuou o mesmo. Joel Santana mexeu três vezes no seu time e felizmente nada mudou do lado tricolor, enquanto o Timão permanecia no campo de ataque com a bola dominada, sem oferecer perigo ao adversário. Até que Emerson Sheik ia ser substituído por Morais e a pedido do técnico Tite ele caiu no gramado para fazer a famosa cera de fim de jogo. O árbitro, que imitou o que aconteceu com o Edenílson na partida contra o Grêmio, amarelou o jogador do Corinthians, fato que não acontece com nenhum outro clube, sendo que neste Brasileiro só o que temos é time fazendo cera no final do jogo. Emerson ironizou com palmas e foi expulso. Novamente um jogador alvinegro recebe o vermelho no momento em que estava sendo substituído. Parece que a regra não é a mesma para todos.

O Morais entrou assim mesmo só que no lugar do William e o Corinthians, que não queria mais jogo tratou de segurar a bola no ataque e esperar terminar os dois minutos regulamentares dados pelo Juiz.

—————–

O Emerson não merecia ter sido expulso neste lance e sim na entrava violenta, desleal e desnecessária que ele deu no jogador do Bahia, o Maranhão. Em um lance destes ele pode até quebrar o tornozelo de um profissional e encerrar a carreira deste jogador. É preciso ser prudente nas entradas, nas faltas, do outro lado existem profissionais que estão trabalhando. Não falo isso apenas para o Corinthians ou Bahia não, falo para todos os jogadores de todas as equipes. Quem sabe assim teremos menos contusões sérias nos jogos.

Crônica: Corinthians empata em 0x0 com o São Paulo no Morumbi

Corinthians entrou com a proposta de não perder, mas também de não vencer. Jogou recuado o jogo inteiro, fazendo linha de impedimento e tentando explorar as pouquíssimas chances de contra-atacar.

O primeiro tempo foi todo dominado pelo São Paulo, o Corinthians, sem meio campo dava chutões para frente e os nossos 3 atacantes, Emerson, William e Liedson, muito distantes uns dos outros não tinham aproximação para tentarem jogadas, com isso a bola sempre voltava ao controle São Paulino. Castán jogou apenas 30 minutos, não apoiou, foi mais um zagueiro pela esquerda mesmo e sentiu um problema na perna direita e foi substituído por Fábio Santos, que estava no banco, recuperado da cirurgia na clavícula (lesão sofrida no jogo contra o Santos no primeiro turno). O lateral entrou bem, no primeiro tempo não apoiou porque não lançaram a bola para ele, porque correr para receber ele correu, e no segundo fez certinho o seu papel, correu, marcou, tocou, passou, cruzou e o Emerson não definiu.

Paulinho, Ralf e Alex estavam em uma noite apagada, mas muito apagada mesmo. Alessandro estava com dificuldades para chutar a bola para frente. Em 3 oportunidades ele tentou fazer o difícil e entregou a bola para o adversário. Em jogo duro o fácil deve prevalecer. A defesa do Corinthians foi eficiente. O Paulo André fez uma excelente partida, acertou na linha de impedimento e soube dar o bote certinho nos atacantes, parecia até que estava com tempo de bola afiado e não esquentando o banco a um bom tempo. Wallace jogou bem, meio nervoso também mas soube dar os cortes certos. Perdeu uma bola na frente da área para o Lucas e quase o Corinthians sofre um gol por isso, mas foi só. Os dois lances de perigo no primeiro tempo (assim, nem tão perigo) foram com o Paulo André de cabeça em dois cruzamentos (Único jogador do Corinthians no momento que sabe fazer gols de cabeça).

O Emerson, dos atacantes foi o que mais participou, mas sem efetividade. Tentou cavar algumas faltas, fez outras, reclamou de lances que não precisava reclamar, enfim, manteve o seu jogo de sempre. Foi o jogador com a chance de gol mais clara do jogo. Sozinho, no meio da pequena área em um cruzamento perfeito do Fábio Santos (tão bom que parecia que ele jogou a bola com a mão) e o Emerson conseguiu cabecear para cima. O William não foi tão bem, deu um chute a gol, só que a bola bateu no Danilo e saiu na lateral. Perto da bandeira de escanteio. Estava tão visível a postura do Corinthians que no mesmo lance apenas o Danilo estava ali disputando a bola do arremesso lateral (que o zagueiro do São Paulo cobrou pro Rogério Ceni), o time todo já havia retornado ao campo de defesa.

Danilo entrou apagado e saiu apagado, mesmo porque, o time todo estava assim e ele não iria fazer tanta diferença. Liedson sentiu uma contusão e deu lugar ao meia. Jorge Henrique entrou no final do jogo, aos 40 minutos no lugar do Alex e não fez diferença no contexto da partida.

Hoje o Corinthians entrou com um objetivo, segurar o emprego do Tite, e conseguiu. O Time se defendeu bem, o Júlio César foi seguro em suas defesas e o meio de campo não jogou. O que importa é que depois de vários jogos saímos sem tomar gol. Não vencemos, porque em nenhum momento merecemos a vitória, mas não perdemos, também porque em nenhum momento o São Paulo mereceu vencer.

Agora, manter a mesma postura contra o Bahia não dá porque corremos o risco de nos distanciarmos muito da liderança da Tabela. O Vasco joga amanhã (contra o Atlético-GO em São Januário) e pode abrir 4 pontos.

O Corinthians não venceu, mas pelo menos não perdeu. Foi apático no ataque e guerreiro na defesa. Será que está voltando o espírito de luta do nosso Todo poderoso Timão?

Melhores em Campo: Júlio César e Paulo André!